Como o Lider Evangelico deve proceder em cultos pentecostais que ultrapassam os limites de demonstração espiritual com manifestações verbais e fisicas fora do normal?
Sabedoria Espiritual | Navegando pelas Manifestações Pentecostais com Discernimento e Equilíbrio.#01
Sabedoria Espiritual
Culto na Casa de Deus
O culto na casa de Deus é um momento sagrado de adoração, onde os fiéis se reúnem para louvar e glorificar o Senhor com reverência e respeito.
No entanto, em alguns cultos pentecostais, é comum ocorrerem manifestações espirituais intensas, incluindo manifestações verbais e físicas que podem parecer fora do normal para quem não está familiarizado com esse estilo de culto.
Diante disso, surge a questão de como o líder deve proceder diante dessas demonstrações.
Primeiramente, é importante reconhecer que as manifestações espirituais podem ser legítimas e genuínas, pois o Espírito Santo opera de maneiras diversas e muitas vezes além da compreensão humana.
No entanto, é fundamental que essas manifestações estejam em conformidade com os princípios bíblicos e edifiquem a congregação, em vez de causar confusão ou perturbação.

O Líder
O líder deve exercer discernimento espiritual e buscar orientação do Espírito Santo para discernir entre as manifestações verdadeiras e as que podem ser resultado de emoções ou influências externas.
Ele deve estar atento ao fruto das manifestações, avaliando se estão alinhadas com os princípios do amor, da paz e do autocontrole, como descritos nas Escrituras.
Além disso, o líder deve manter a ordem e a decência no culto, garantindo que as manifestações não causem distração ou desconforto para os presentes.
Ele pode instruir os fiéis a expressarem seus dons espirituais de forma ordenada e respeitosa, incentivando-os a buscar o equilíbrio entre a liberdade no Espírito e a disciplina na adoração.
Manifestações Espiritual
Se as manifestações espirituais ultrapassarem os limites do que é considerado edificante e respeitoso, o líder deve intervir com amor e sabedoria, buscando orientar e corrigir de maneira gentil e compassiva.
Ele pode ministrar individualmente aos que estão manifestando de forma excessiva, oferecendo apoio espiritual e incentivando-os a buscar um equilíbrio saudável em sua vida espiritual.
Conclusão:
Em suma, embora as manifestações espirituais sejam parte integrante da experiência pentecostal, é essencial que sejam exercidas com moderação, ordem e discernimento, de modo a edificar a igreja e glorificar a Deus. O líder desempenha um papel crucial nesse processo, guiando e orientando a congregação para uma adoração autêntica e equilibrada.
O que Diz a Bíblia?
A questão de como um líder evangélico deve proceder em cultos pentecostais que ultrapassam os limites de demonstração espiritual com manifestações verbais e físicas fora do normal é delicada e requer sabedoria espiritual e discernimento. A Bíblia oferece orientações sobre como lidar com manifestações espirituais e manter a ordem e o decoro nos cultos. Aqui estão algumas partes importantes do Antigo e Novo Testamento que podem aprofundar essa questão:
1. Ordem no culto – 1 Coríntios 14:33, 40
“Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.”
O apóstolo Paulo, ao orientar a igreja de Corinto, enfatiza que Deus é um Deus de ordem, não de confusão. Ele exorta os líderes a assegurarem que tudo seja feito com decência e ordem durante o culto. Isso implica que, embora as manifestações espirituais sejam permitidas, elas devem ocorrer de maneira controlada e que edifique a congregação.
2. Discernimento dos espíritos – 1 Coríntios 12:10
“E a outro, o dom de operar maravilhas; a outro, profecia; a outro, o dom de discernir os espíritos; a outro, variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.”
Paulo menciona o dom de discernimento dos espíritos como uma habilidade espiritual dada por Deus para distinguir entre o que é genuíno e o que não é. Um líder evangélico deve buscar e utilizar este dom para avaliar se as manifestações espirituais durante o culto são de Deus ou se estão sendo influenciadas por outros fatores.
3. Espírito de profecia sujeito ao profeta – 1 Coríntios 14:32
“E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.”
Este versículo ensina que as manifestações espirituais, incluindo profecias, estão sob o controle do indivíduo que as recebe. Isso significa que ninguém está “obrigado” a agir de forma desordenada ou incontrolável; o líder pode e deve orientar a congregação a manter um comportamento que seja edificante e respeitoso.
4. Exame e correção – 1 Tessalonicenses 5:19-21
“Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem.”
Paulo orienta a não extinguir o Espírito, mas também a não aceitar todas as manifestações espirituais sem exame. O líder deve encorajar as manifestações espirituais genuínas, mas também deve examinar tudo com discernimento, retendo apenas o que é bom e verdadeiro.
5. Falsos Profetas e Falsas Manifestações – Mateus 7:15-16
“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis.”
Jesus adverte sobre os falsos profetas, cujas manifestações podem parecer espirituais, mas são enganosas. O líder deve estar atento aos frutos das manifestações espirituais – se elas não conduzem à edificação e à glorificação de Deus, devem ser tratadas com cautela.
6. Evitar excessos – Eclesiastes 5:1-2
“Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus; e inclina-te mais a ouvir do que a oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal.”
Salomão, no Antigo Testamento, aconselha a abordagem reverente ao entrar na casa de Deus, sugerindo que o excesso e a falta de controle podem ser prejudiciais. Isso pode ser aplicado ao contexto de cultos onde as manifestações espirituais vão além dos limites do que é considerado apropriado.
7. A edificação mútua – 1 Coríntios 14:26
“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem língua, tem revelação, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.”
Paulo ensina que tudo o que ocorre em um culto deve ter como objetivo a edificação da igreja. O líder evangélico deve garantir que as manifestações espirituais estejam contribuindo para o crescimento espiritual da congregação e não apenas para exibições externas.
Conclusão
O líder evangélico tem a responsabilidade de garantir que o culto seja conduzido de maneira que glorifique a Deus e edifique a congregação. Quando as manifestações espirituais ultrapassam os limites do normal, o líder deve agir com discernimento, mantendo a ordem e assegurando que as manifestações sejam genuínas e edificantes. Usando os princípios bíblicos de ordem, discernimento, exame e correção, o líder pode conduzir o culto de maneira que mantenha o foco em Deus e promova o crescimento espiritual da congregação.